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Corregedoria da Polícia Científica apura conduta de perito do Paraná que disse em vídeo que mulheres fazem falsas denúncias de violência doméstica

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Corregedoria da Polícia Científica apura conduta de perito do Paraná que disse em vídeo que mulheres fazem falsas denúncias de violência doméstica

Alcimar José Vidolin é medico legista e perito oficial no Paraná e em Santa Catarina. g1 tenta contato com ele. Corregedoria apura conduta de perito do PR A Corregedoria da Polícia Científica do Paraná (PCP-PR) apura a conduta do médico legista Alcimar José Vidolin, que compartilhou um vídeo nas redes sociais dizendo que a maior parte dos casos de violência contra a mulher que atende são denúncias falsas. Ele é perito oficial em Curitiba, no Paraná, e em Joinville, Santa Catarina. Assista acima. O g1 tenta contato com o Vidolin. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram "90% do trabalho hoje é 'violência familiar' e 'violência contra a mulher'. Por que eu coloco entre aspas? Porque em cada caso verdadeiro tem dezenas de acusações falsas pra vingança, para plantagens patrimoniais e alienação parental [...] Cuidado, a tua mulher é teu inimigo. Ela pode destruir você, se ela escolher", disse. No vídeo, Vidolin também falou que a mulher pode destruir a vida do marido, já que, segundo ele, "não precisa de provas e testemunhas". Além disso, disse que homens têm sido "humilhados" e que órgãos policiais estão de "saco cheio". No fim, ele encerra o vídeo criticando e descrebilizando as leis que protegem as mulheres. “É uma engenharia social maligna, não é uma lei para proteger ninguém, é para humilhar, espezinhar os homens, para inviabilizar as famílias e para fazer as crianças crescerem em lares desfeitos, é promoção de injustiça.” Sobre a apuração ético-disciplinar contra o servidor, a Polícia Científica do Paraná disse, em nota, que mantém contato com a Polícia Científica de Santa Catarina para compartilhar informações. Também em nota, a Polícia Científica de Santa Catarina disse que as medidas cabíveis estão sendo adotadas para apurar o ocorrido. Entre janeiro e agosto deste ano, no Paraná, foram registrado quase 160 mil casos de violência contra a mulher, uma média de 658 casos por dia. O crime teve aumento de 4,8% em relação a 2023, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp). LEIA MAIS: Outubro Rosa: saiba como funciona isenção do Imposto de Renda para pessoas com câncer Tragédia: Oito integrantes de time de remo e motorista morrem após carreta tombar sobre van Números: Trecho onde carreta tombou sobre van registrou outros seis acidentes Médico legista Alcimar José Vidolin Reprodução/RPC Indignação O Grupo Perícia Mulheres, formado por servidoras públicas da Polícia Científica do Paraná e o Sindicato dos Peritos Oficiais da Polícia Científica do Paraná (Sinpoapar), declarou indignação e repúdio em relação ao vídeo. A nota diz que é "inaceitável que um perito oficial criminal propague conteúdo que desrespeita os fundamentos da Justiço e os Direitos Humanos". "Essa conduta representa uma grave afronta a todas as mulheres, cujos direitos devem ser garantidos e protegidos de forma incondicional pelo Estado", diz a nota. A Associação Brasileira de Criminalística (ABC) também se manifestou e disse que apoia a nota de repúdio. "Por meio de exames clínicos, laudos técnicos e análise de vestígios os peritos criminais conseguem identificar lesões físicas e outros indícios que comprovam a violência. Em muitos casos, o exame pericial é a principal evidência que fortalece a denúncia", finaliza. O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que tomou conhecimento do vídeo e irá instaurar sindicância para avaliação do caso. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

Publicada por: RBSYS

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